segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Entrevista ao Blog da Prevenf Mais

PM: O que é ser Doula? Precisa de alguma formação específica?

M.C .A palavra Doula vem do grego antigo (‘mulher que serve outra mulher’) sendo atualmente utilizada para definir aquela mulher treinada e com experiência em nascimentos, que oferece apoio físico e emocional contínuo, além de suporte com informações para as mães, antes, durante e após o nascimento.
Geralmente os programas para treinamento de Doulas, consistem de cursos intensivos de 3 a 4 dias, incluindo treinamento prático de técnicas como relaxamento, respiração, posições e movimentos para redução da dor ,massagens e outras medidas de conforto.
Além disso, as Doulas devem ter o desejo sincero de servir e ajudar, ser carinhosa, mas sabendo respeitar o momento da mulher, mantendo a discrição, saber ouvir, passar confiança, ter disponibilidade de tempo e um fator que faz a diferença é ser mãe.

PM Quais as maiores dificuldades encontradas na profissão de Doula?
MC: Muitas pessoas ainda desconhecem uma Doula, e como tudo que é novo, existe sempre certa resistência. Alguns profissionais também ainda não aceitam bem a nossa presença achando que podemos atrapalhar o nascimento interferindo no processo.

MP: Sua formação como Enfermeira acrescenta a de Doula?
MC:Sim. Como Doula surgiram novos horizontes que me deram uma direção em qual área me focar e seguir na enfermagem. Mas além de me acrescentar como profissional, o meu lado pessoal principalmente o de mãe foi um dos mais sensibilizados pela transformação a qual passamos.


PM: Como você definiria a humanização no parto? Acha que o Brasil é um país que apóia a humanização do parto?
Humanização no parto é respeitar as escolhas da mulher em trabalho de parto. Ela precisa se sentir segura sem se sentir observada. Garantindo sempre a sua privacidade.
A parturiente precisa estar protegida e se sentir protegida de toda a estimulação inútil de seu neo-cortex.( Michel Odent ) – Temos que “mamificar” o parto.

No Brasil tentativas tem sido feitas pra reverter a situação da Humanização do Parto e Nascimento, mas é preciso muito mais, ir além de Campanhas a Favor do Parto Natural,da Lei do Acompanhante, das Casas de Parto.
A Sociedade deve ser preparada a fortalecer a mulher a ter forças para parir. Retomando o poder sobre seu próprio corpo. Reduzindo as intervenções desnecessárias o máximo possível.
PM: Poderia citar algumas vantagens de ter uma Doula durante o trabalho de parto?
MC: Redução de analgesia em 35%
Redução de aceleração de parto com ocitocina em 71%
Redução do uso de fórceps em 57%
Redução de cesarianas em 51%
Redução da duração do trabalho de parto


PM: A Doula permanece antes, durante e após o parto?
MD: Sim. Antes do Parto: Fornece informações sobre todo o processo do trabalho de parto e o parto, intervenções e os procedimento necessários para que a mulher possa participar de fato das decisões a serem tomadas durante esse período. E assim ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente, das mais variadas formas.

Durante o trabalho de parto e o parto: Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis durante as contrações, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento. E também estimula a participação do pai do bebê.

Após o parto: Estimula a amamentação na primeira hora. Fortalecendo o vínculo mãe-bebê. Após a alta, faz visitas à nova família, tirando as dúvidas e oferecendo apoio para o período de pós-parto, no resguardo, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o recém nascido.

PM: -Você tem alguma passagem inesquecível como Doula?
MC: Sim. É difícil escolher uma passagem mas o que é realmente gratificante e inesquecível é você saber que foi extremamente valiosa a sua presença ao lado daquela família em especial da mãe e do bebê.Isso não tem preço.Ser reconhecida pelo seu simples ato de ajuda e de conforto.E ainda quando a nossa intenção é alcançada de conscientização.E o principal de dar apoio total.

PM: O que você diria as futuras Doulas?
MC: Acho que muitas coisas...( rs)
Mas o principal é que quem fizer o curso não vai se arrepender, só vai agradecer pela bela e intensa oportunidade de vivenciar um dos momentos mais inesquecíveis de uma Doula.Quem for uma mãe ‘mamífera’ apoiadora das causas deveria fazer esse treinamento intensivo também.
E aproveito a oportunidade para deixar aqui a dica (ou o convite) de experimentarem fazer uma parceria nas Doulagens, muito importante essa troca de experiências e informações. Ainda mais quem está começando.
Aqui também deixo a minha Boa Sorte a todas com muita Luz e Energias Positivas !!!



Michelle Cavalcanti
Enfermeira a 4 anos formada pela UGF - RJ
Doula a 1 ano formada pela ANDO - RJ

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher- 25 de Novembro


Amanhã dia 25 de novembro é comemorado o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.Infelizmente são poucas as feministas que conseguem fazer o elo entre as lutas mamíferas, dentre as quais a luta pelo direito de parir dignamente – que é uma luta pelo direito ao próprio corpo – e o feminismo. O feminismo luta pela igualdade de direitos, e não pela dominação feminina, subjugando os homens. E nenhum homem sofre os maus-tratos que as mulheres sofrem em um atendimento hospitalar.
A violência institucional é uma das marcas mais fortes do atendimento obstétrico no Brasil. Seja em hospitais particulares ou públicos, as agressões ultrapassam o limiar físico para chegar ao psicológico. Acontece quando uma mulher, já privada de seu corpo sem pelos, sem fezes, é privada de sua voz. A vocalização, auxílio importante para a fase expulsiva do parto, é calada com desdém: “Na hora de fazer não gritou.”, é o lugar-comum da equipe obstétrica. Em vez de obedecer seu corpo, a mulher deve obedecer o comando médico: “Faz força, mãe!”
Isso tudo chega ao ápice quando lemos notícias como as que dizem que as grávidas do sistema carcerário de São Paulo são obrigadas a dar à luz algemadas. A privação da movimentação é repetida na cesariana, quando a mulher é sedada e presa com correias à mesa de cirurgia. Também repetida quando a ocitocina sintética – o sorinho - é ministrada indiscriminadamente. Mas nada se compara à estigmatização que as detentas vêm sofrendo.
E sabe o que é o pior? Os leitores da matéria corroboram a prática. E dentre esses leitores, muitas mulheres defendendo. São as mesmas pessoas que acham que mulher que sai na rua com a roupa curta tem mais é que ser estuprada, e de repente, são as mesmas pessoas que acham que mulher que engravidou e ainda por cima está no SUS (que é de todo mundo e de ninguém), tem mais é que se resignar com o tratamento recebido e dar graças à deus por sair com o filho vivo.
O parto é a confirmação de um ato pecaminoso. Diz a bíblia que as dores do parto são consequências da desobediência de Adão e Eva. É quase compreensível essa visão agressiva que é lugar comum no atendimento obstétrico de uma sociedade extremamente religiosa. É compreensível, mas não é aceitável. Assim como não é aceitável dizer que deus criou o homem e a mulher diferentes, por isso seus direitos têm que ser diferentes.
No SUS, é comum ouvir frases como “Não grita não, mãezinha, que ano que vem você tá aqui de novo”. No atendimento particular, as mulheres que insistem em um parto normal livre de intervenções são chamadas nos bastidores de “frescas” ou “afetadas”. Perceber que o erro nesse caso é do atendimento, e não da mulher, é o primeiro passo para começar a combater a violência cometida contra elas.
A Luana, leitora do Mamíferas, comentou que seu médico lhe deu duas opções: uma cesariana ou uma episiotomia. E ela não está sozinha: a maioria dos médicos dita parâmetros totalmente infudados para fazer valer as suas vontades. Na blogosfera internacional existe o termo Birth Rape para designar os maus-tratos sofridos pelas parturientes nas mãos da equipe obstétrica. Se lhe parece um pouco agressiva a comparação com um estupro, imagine que você não quer fazer sexo – de jeito nenhum -, então seu marido lhe dá duas opções: anal ou oral. E aí? Você tem que escolher uma dessas duas opções?
Agora veja um ultimato desses recebido na situação da parturiente, fragilizada, em uma situação onde ela precisa se entregar à si mesma, mas está sendo obrigada a se entregar ao médico. E o pior: a vida da criança está sendo colocada em jogo, mesmo que não esteja em risco. Como isso é justo? Como isso pode ser considerado normal? Como podemos argumentar que a equipe obstétrica não tem nenhuma culpa no aumento dos índices da cesariana, se estão oferecendo a cruz ou a espada?
É extremamente importante fazer com que as mulheres percebam que elas não podem ser tratadas desse jeito. Difícil, uma vez que a auto-estima da maioria esmagadora das mulheres no Brasil é formada por músicas que as chamam de cachorras e homens que a tratam pior do que aos seus animas de estimação. O que esperar d@ médic@? Principalmente quando essa forma de violência já se tornou rotineira? Por isso estamos organizando, em parceria com o blog Parto no Brasil, essa blogagem coletiva. Para que você use do seu espaço pessoal, seja ele blog, Facebook, Twitter ou qualquer espaço virtual utilizado por você, para disseminar a consciência de que o atendimento oferecido para as gestantes brasileiras não é normal. E não pode ser aceito. Sinta-se à vontade para divulgar a imagem do post em qualquer espaço que julgar adequado.
Se você vivenciou alguma história de violência obstétrica durante seu parto e sente vontade de compartilha-la, a Ligia Moreira, do Cientista que Virou Mãe, está fazendo seu doutorado sobre a percepção das mulheres sobre a violência cometida contra elas no pré-parto, parto e puerpério, e está recolhendo depoimentos sobre isso.
Além de mandar pra ela, conta pra gente aqui nos comentários. Conta pro mundo no seu blog. E quer você tenha sido violentada ou não, ajude a espalhar a ideia de que a realidade da obstetrícia no Brasil (não só nos índices) precisa começar a mudar. E essa mudança não deve ser oferecendo cesarianas na rede pública, mas sim, oferecendo um atendimento digno em qualquer lugar.

http://www.mamiferas.com/blog/

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Há cura em suas mamas


Estudos comprovam que o leite materno é fundamental para a saúde dos bebês e apontam, entre as vantagens, a prevenção de doenças, contribuindo, por exemplo, para a queda do número de mortalidade infantil. Daí a importância da doação para que mais vidas sejam salvas.
A exposição fotográfica será um momento especial em que teremos mais uma oportunidade de incentivar o aleitamento materno e estimular as mães a se cadastrarem como doadoras e assim, ampliar o estoque de leite para distribuição às crianças hospitalizadas que não podem ser alimentadas diretamente pelas mães.
Precisamos de no minímo R$ 4.500 para a exposição acontecer. Neste valor está incluso as despesas com a produção fotográfica, ampliação, folders informativos e de divulgação.
Para saber mais sobre o projeto acesse o site da AMS (Aleitamento materno solidáro)
http://www.amsbrasil.com ou escreva para o e-mail
aleitamentomaternobrasil@gmail.com
Somos mães apaixonadas por nossos filhos e compactuamos com o ideal da prática da amamentação prolongada.
Também desejamos ajudar mães com dificuldade de amamentar e promover neste espaço a realização do sonho de que as mães que necessitam voltar ao trabalho tenham assegurado o direito da prática da amamentação, o apoio das empresas que as empregam e das escolas de educação infantil e creches para que o aleitamento possa ser contínuo até o tempo ideal para o bebê de acordo com a OMS.
“Não existe um ver que não seja também um olhar nem um ouvir que não seja também um escutar e um modo como olhamos e escutamos é plasmado pelas nossas expectativas, pelas nossas posições e pelas nossas intenções”. JEROME BRUNER
Para saber mais acesse o site da AMS (Aleitamento materno solidáro)
http://www.amsbrasil.com
Lente Materna fotografia – www.lentematerna.com.br
Web Filhos – www.webfilhos.com.br

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Benefícios dos Exercícios de Solo ( A Ginástica )


*A ginástica para gestante pretender integrar o novo organismo gravídico com a realização do exercício físico adequado para cada momento. Pretende fornecer manutenção do condicionamento físico para melhor desempenho da atividade diária e do trabalho de parto; pretende organizar a relação corpo-espaço da mulher gestante para que ela se identifique mês a mês com sua estrutura corporal que esta se modificando e adquira controle do seu espaço. Os principais objetivos dos exercícios são melhorar a musculatura para proteger as articulações e diminuir o risco de lesões em ligamentos; ajudar na circulação; melhorar a oxigenação com o desenvolvimento do controle respiratório e aliviar as tensões musculares; e sem dúvida ter melhores resultados na parto natural.

Caminhadas: Uma Atividade Física Muito Recomendada

*Excelente preparatório para o parto! Sua prática freqüente melhora a capacidade cardio-respiratória e ajuda muito no encaixe do bebê dentro de sua bacia. As caminhadas devem ser feitas no ritmo/velocidade que for confortável para você - nem muito rápido, nem muito devagar - o ideal é caminhar no mínimo de meia hora cerca de três vezes por semana em dias intercalados. Atenção para o calçado: tênis adequado e confortável. Cuidado com o terreno, sempre de olho para não tropeçar nas pedras ou nos buracos e desníveis de pista de terra, grama etc.... Procure usar roupas confortáveis de preferência malha, que permitem a transpiração e a movimentação.

A Hidroginástica para as Gestantes

A Hidroginástica para gestante é uma excelente atividade para o período da gravidez. É uma atividade de baixo impacto que proporciona além do relaxamento, excelentes resultados no fortalecimento muscular.*As vantagens que a mulher grávida tem ao imergir em um meio líquido são surpreendentes. A água cria sensações de prazer, bem estar, força, calma... Energia !!! Facilita a movimentação do corpo, diminuindo o impacto dos movimentos executados, favorece o relaxamento do corpo livrando de certos incômodos musculares com as lombalgias ( dores nas costas). Com a pressão que a água exerce sobre o corpo facilita a circulação reduzindo assim as dores nas pernas e a diminuição do edema (inchaço) nos pés e mãos.Mas a gestante só deve iniciar a hidroginástica após a liberação do obstetra e se necessário ,depois de fazer exames.A partir dos resultados, o médico terá condições para orientá-la sobre a quantidade de vezes por semana que ela pode praticar essa atividade física.